O câncer bucal no Brasil

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O câncer da cavidade oral conhecido como câncer bucal é um problema sério de saúde pública mundial. Diversos países sofrem com a doença. Estima-se que ocorram anualmente cerca de 350.000 novos casos de câncer de boca em todo o mundo.

O Brasil, já ocupa o terceiro lugar entre os países com maior incidência de câncer bucal no mundo, ficando atrás apenas da Índia e da República Tcheca. Em 2014, surgiram no país 11.280 novos casos de câncer da cavidade oral em homens e 4.010 em mulheres, segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca). Todos os anos, pelo menos quatro mil brasileiros morrem por complicações causadas pela doença.

São Paulo possui o maior índice de câncer bucal do país

Em São Paulo, todos os anos são registrados três mil novos casos de câncer da cavidade oral. O estado já possui o maior índice da doença no país.             Segundo o Instituto de Câncer do Estado de São Paulo (Icesp),83% dos homens com câncer de cabeça e pescoço são fumantes ou já foram. Dos pacientes tratados, as vítimas de tumores localizados na boca representam 60% e na faringe ou laringe 40%.

O 5º Congresso Mundial da Academia Internacional de Câncer Oral (IAOO) foi realizado em julho deste ano, na cidade de São Paulo. O evento teve como principal objetivo estimular a prevenção e o diagnóstico precoce do câncer bucal, pois se estima que 8 entre 10 dos cerca de 15 mil casos previstos para 2015 serão descobertos em fase avançada, o que dificulta e limita muito o tratamento da doença.

Diagnóstico do câncer bucal

O diagnóstico deve ser realizado por um profissional de saúde qualificado. Ele solicitará os exames clínicos necessários para identificar as lesões bucais e seus estágios. Detectar a doença precocemente pode ajudar e muito no controle do câncer bucal e aumentar em até 90% as chances de cura.     O câncer de boca é perigoso e, dependendo da fase em que é diagnosticado, a chance de sobreviver pode ser de 50% e infelizmente muitas pessoas ainda não se conscientizaram disso. De 70% a 80% dos pacientes que procuram tratamento já estão com a doença em estágio avançado. 

Prevenção do câncer bucal

A melhor forma de prevenir a doença é visitar periodicamente o seu dentista e realizar o autoexame, além de controlar os fatores de risco que favorecem o seu desenvolvimento.

A dieta alimentar também contribui para a prevenção do câncer bucal, o aumento do consumo de frutas e vegetais pode diminuir os riscos de desenvolver a doença.

Sintomas

O câncer de boca pode aparecer no formato de uma úlcera, tipo de ferida que demora a cicatrizar. Pode-se verificar também um aumento de volume e alterações de cor, como manchas brancas, vermelhas e/ou pretas na região do palato (céu da boca). Podem aparecer ainda papilomas, que são como verrugas na garganta e na boca. E em alguns casos, as lesões podem não ser visíveis, a infecção é silenciosa.

Os principais sintomas da doença são: dores constantes, dor na língua, nódulos, dificuldade de mastigar, rouquidão e mau hálito persistente. Qualquer lesão que não cicatrize em até 15 dias deverá ser avaliada por um profissional capacitado.

As áreas mais afetadas pela doença são a língua e assoalho de boca. O lábio inferior também, tendo como principal causa à radiação solar.

Principais fatores de risco para o câncer bucal

Os principais fatores de risco para o câncer da cavidade oral são: o tabagismo, o consumo de álcool em excesso, infecções por HPV, principalmente pelo tipo 16, e a exposição à radiação UVA solar (câncer de lábio). Porém, os que mais se destacam são o tabagismo e o etilismo, pois a associação destes fatores potencializa em mais de 30 vezes o risco de desenvolvimento da doença.

Novo perfil do paciente de alto risco

Os cânceres de boca e garganta antigamente afetavam mais homens em torno dos 50 anos, tabagistas e/ou alcoólatras, mas esse perfil mudou. Hoje, esses tumores também atingem os mais jovens entre 30 e 45 anos que não fumam e nem bebem em excesso. Porém, alguns deles praticam sexo oral desprotegido.

Segundo estudo publicado na revista científica International Journal of Cancer, 32% dos tumores de boca em jovens têm associação com o papilomavírus (HPV). As taxas de incidência relacionadas à infecção pelo HPV vêm crescendo entre a população de jovens e adultos de ambos os sexos. Acredita-se que parte desse aumento pode ocorrer por alterações de comportamento sexual.

Tratamento do câncer bucal

Após obter a confirmação do diagnóstico da doença, o tratamento será realizado por meio de cirurgia, associado ou não a radioterapia/quimioterapia.

Os tumores relacionados ao HPV possuem uma taxa de cura superior a daqueles associados ao tabaco e álcool.

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